Política tributária e exportações de couro wet blue

Clayson Correia de Sousa, José Gilberto de Souza, Hildo Meireles de Souza Filho, Hélio Braga Filho, Agnaldo de Sousa Barbosa

Resumo


Um dos principais conflitos da cadeia couro-calçadista é a questão da taxação das exportações de couro no estágio wet blue. De um lado, estão o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e os fabricantes de calçados e artefatos de couro, que a defendem; de outro, está a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que é contra. Conforme decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em janeiro de 2007 foi extinta a tarifa sobre as exportações de couro wet blue. Este artigo teve por objetivo discutir as exportações brasileiras de couro e alguns entraves da competitividade da cadeia, de forma a gerar subsídios às políticas públicas quanto à decisão de taxar ou não as exportações desse tipo de couro. Usaram-se dados de exportação de couro do período e da taxa cambial de 1999 a 2005. Na época em que houve a taxação, as exportações de couros de maior valor agregado (crust e acabado) ampliaram-se tanto em valor quanto em volume. Isso se deveu à desvalorização cambial ocorrida no início de 1999, que aumentou a competitividade nacional desses segmentos. Assim, a taxação apenas penalizou os curtumes de wet blue e os segmentos à montante deles.

Palavras-chave


cadeia couro-calçadista; política tributária; política comercial

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