Mudanças de paradigmas Fonte de crescimento do agronegócio brasileiro

Mauro de Rezende Lopes, Geraldo da Silva e Souza, Ignez Vidigal Lopes, Bruno de Souza Pinho

Resumo


Esta pesquisa se propõe a identificar paradigmas de dirigentes de todos os elos das cadeias do agronegócio – quaisquer que eles sejam, produtores, dirigentes de agroindústrias, distribuidores de insumos, revendedores e prestadores de serviços, enfim todos os que detêm posições de tomada de decisões estratégicas nas organizações do setor que influenciam nas decisões de gestão e investimentos no setor. Atualmente, a mudança de paradigmas é uma fonte de decisões de prospecção de novos negócios e investimentos nas organizações do agronegócio. Mudar ou quebrar paradigmas parece ser indispensável quando se promove um reposicionamento mercadológico estratégico dos empreendimentos destinado a mitigar riscos estratégicos, entendidos como o risco de decisões de concorrentes mais ágeis serem capazes de influir nos rumos do mercado a favor
deles e contra os negócios de empresas do setor. Quebrar paradigmas serve, além disso, a outros propósitos, tais como substituir os modelos tradicionais fundamentados na exploração de recursos naturais (terra). Serve também para buscar parcerias e formas de associação de capital, ingrediente
indissociável da gestão empresarial para competir nos mercados globalizados. A metodologia consistiu na aplicação de questionários a 109 dirigentes agroindustriais, dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Foram selecionados paradigmas em “áreas sensíveis” das decisões
nas empresas. Aos dados foi dado um tratamento estatístico, que consistiu no uso de um modelo cuja variável dependente que se procura explicar são as notas que os entrevistados deram para cada paradigma. Foram usados método de máxima verossimilhança e análise de covariância não paramétrica. Usou-se o CATMOD do SAS – empregando-se o GLM, com rankings – para a análise não paramétrica de dados não categóricos. Os resultados do trabalho indicaram que os paradigmas com as melhores avaliações foram os mais apropriados aos tempos da globalização. Os dirigentes
entrevistados revelaram que têm paradigmas diferentes daqueles adotados pela geração anterior de dirigentes. Uma conclusão final e importante deste estudo é de que a adoção de paradigmas inadequados aos tempos atuais representa um risco no momento em que, aparecendo uma oportunidade de negócio, os paradigmas ultrapassados podem contribuir para a perda de bons negócios.

Palavras-chave


mitigação de riscos estratégicos, novas gerações de dirigentes, paradigmas, políticas agrícolas, processos de decisão nas empresas do agronegócio, prospecção de negócios.

Referências


SOUZA, G. da S. Introdução aos modelos de regressão

linear e não-linear. Brasília, DF: Embrapa-SPI, 1998.

p.

STOKES, M. S.; DAVIS, C. S.; KOCH, G. C. Categorical

data analysis using the SAS System. Cary: SAS Institute,

648 p.


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