Uso da variabilidade de abate no Brasil como medida de coordenação

Marcelo Miele, Arlei Coldebella

Resumo


A coordenação da cadeia de suprimentos persegue diversos objetivos. Uma elevada estabilidade na oferta de matéria-prima é um dos mais importantes porque reduz custos com a ociosidade. Existem diversos tipos de organização de suprimento da indústria de carne brasileira, entretanto, os padrões variam conforme o produto, a região e o período, os quais podem explicar diferenças de desempenho dos esforços de coordenação. O objetivo deste artigo é caracterizar o desempenho da coordenação na indústria brasileira de carnes, por meio da mensuração da variabilidade de abate. O desempenho da coordenação está associado à estabilidade de abate, a qual é medida pelo coeficiente de variação anual. A metodologia utiliza técnicas quantitativas e qualitativas para analisar dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta pesquisa levanta o abate de bovinos, frangos e suínos em número de cabeças e em peso total, em base mensal, desde 1997, nos 27 estados da Federação. Os resultados não rejeitam as hipóteses propostas, apontando para uma relação coerente entre os dados, o desenvolvimento da indústria de carnes e as proposições teóricas. Em geral, os resultados sugerem um melhor desempenho entre as cadeias de suprimentos integradas no sentido de reduzir a variabilidade dos abates.

Palavras-chave


cadeia de suprimento; coeficiente de variação; indústria de carnes

Apontamentos

  • Não há apontamentos.