Fontes de crescimento da produção de cana-de-açúcar e a proposição de política setorial: o caso alagoano
Resumo
Este artigo tem como objetivo identificar as fontes de crescimento da cultura canavieira em Alagoas no período de 1990 a 2010. Para isso, foi utilizado o modelo shift-share, que atribui tal crescimento a três fatores: os efeitos área, rendimento e localização geográfica. Os resultados apontam para o esgotamento do sistema produtivo sucroalcooleiro em Alagoas, uma vez que os indicadores do modelo shift-share, no geral, se mostraram instáveis quanto à tendência. Contudo, a taxa de crescimento média anual da produção de cana foi positiva, e o efeito rendimento foi o principal determinante desse resultado. Já o efeito área agiu de forma negativa, dada a redução da área colhida no período em estudo. O efeito localização geográfica agiu de forma positiva, porém, com pouca representatividade, uma vez que o processo de migração da produção do litoral para os tabuleiros ocorreu ainda na década de 1980. Por último sugere-se uma política industrial e tecnológica de cunho setorial como forma de revitalizar a produção de cana e seus coprodutos em outras bases produtivas, e não apenas fundamentada na escala das usinas e vantagens comparativas na produção do açúcar e do etanol.
Palavras-chave
agroindústria canavieira; desregulamentação; modelo shift-share
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