Aspectos técnicos e econômicos da produção de etanol de milho no Brasil

Haroldo José Torres da Silva, Peterson Felipe Arias Santos, Enilson Carlos Nogueira Junior, Carlos Eduardo de Freitas Vian

Resumo


Na segunda metade da década de 2010, com a maior flexibilização do mercado de gasolina e a subsequente elevação da demanda e do preço do etanol, passaram a surgir, no Brasil, diversas plantas industriais de conversão de milho nesse biocombustível, a maior parte integrada a instalações já em operação no processamento de cana-de-açúcar (usinas flex). Tal fenômeno foi particularmente forte no Centro-Oeste, onde combinam-se elevada disponibilidade do cereal, altos custos de escoamento e demanda potencial por coprodutos da conversão de milho em etanol. O objetivo deste artigo é apresentar um estudo de caso focado na estrutura de custo e na rentabilidade da produção de etanol de milho de duas usinas flex do Centro-Oeste. Os resultados apontaram que a estrutura de custos exibe forte peso da matéria-prima, seguida por custos industriais oriundos de um processamento relativamente mais complexo que o da conversão da cana-de-açúcar. Por fim, mostra-se que a margem de lucro da produção de etanol de milho em usinas flex integradas-dedicadas é sensível a mudanças dos preços de comercialização do biocombustível e da matéria-prima.

Palavras-chave


biocombustível; usinas flex; viabilidade

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