Petróleo, a era das commodities e a agricultura brasileira

Antônio Márcio Buainain, Danielle Alencar Parente Torres, Elisio Contini, Eliana Figueiredo, Pedro Abel Vieira

Resumo


Depois de aumentos de preços sem precedentes na história, as principais commodities dão sinais de arrefecimento, sem, entretanto, ser homogênea a desvalorização. Os preços das commodities energéticas caíram mais do que os das minerais e das agrícolas, fato que contribui para a retomada do crescimento econômico global. Os preços das minerais não dão sinais de redução expressivos. Quanto às commodities agrícolas, se, por um lado, seu consumo será favorecido pela retomada do crescimento econômico, por outro, e apesar da redução do custo da energia, não haverá reduções significativas do custo de produção, por causa da maior rigidez dos preços dos fertilizantes e dos demais insumos. Diante dessas diferenças, não são esperadas reduções significativas dos preços das commodities agrícolas em relação às demais até que as tecnologias disruptivas atuais sejam comerciais. Essa é uma oportunidade para o Brasil, e para aproveitá-la o País deverá investir na inovação, notadamente na produção e uso de fertilizantes e na defesa sanitária de sua produção agrícola. Além disso, considerando o aumento do período de utilização da terra, deve ampliar e diversificar a produção, notadamente no Cerrado, e explorar outros setores, como a aquicultura e a bioenergia.

Palavras-chave


custo; produtividade; renda; tecnologia

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