Das políticas de substituição das importações à agricultura moderna do Brasil

Ignez Vidigal Lopes, Mauro de Rezende Lopes, Fábio Campos Barcelos

Resumo


A experiência brasileira no processo de ajustamento, enfrentado pela agricultura, que saiu de um regime de industrialização forçada, dentro de uma política de substituição de importações, não foi boa. O setor agropecuário pagou um preço muito elevado pela industrialização do País.
Sofreu políticas discriminatórias de controles de preços e tributos na exportação. O Brasil, de grande exportador mundial, tornou-se grande importador. Por meio do crédito rural subsidiado, o governo criou políticas compensatórias, que não resolveram os problemas de escassez de alimentos e acabaram concentrando renda na agricultura. Entretanto, quando o Brasil estabilizou sua economia e removeu
as políticas protecionistas para a indústria, passando para um regime de exportações mais livres e desgravadas, o setor rural mostrou toda a sua pujança nas exportações e no abastecimento interno.
Nessa transição, os problemas de ajustamento enfrentados pelo País foram sendo gradualmente
resolvidos à medida que investimentos na pesquisa, fruto de um projeto de país, de ciência e tecnologia,
aumentaram os rendimentos dos cultivos e da pecuária até o Brasil tornar-se um dos maiores
exportadores de alimentos. O setor agrícola foi desafiado ao longo de quase 3 décadas e encontrou
forças para sobreviver e competir com os avanços da tecnologia e a estabilização macroeconômica.

Palavras-chave


políticas de substituição das importações; proteção à indústria; e desregulamentação

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