A recorrência de crises de endividamento agrícola e a necessidade de reforma na política de crédito
Resumo
Este artigo analisa o problema recorrente das crises financeiras agrícolas no Brasil. As freqüentes crises financeiras da agricultura foram marcadas pela dificuldade do setor de honrar
seus compromissos financeiros e pela pressão sobre o governo visando à renegociação das dívidas. Por meio da análise qualitativa e quantitativa, estudou-se a evolução do endividamento agrícola desde 1995 e as implicações da Constituição de 1988, ressaltando a responsabilidade da política
trabalhista agrícola pelas mazelas do sistema financeiro agrícola. Analisa também as implicações que a reforma da política de crédito agrícola deve gerar, simultaneamente, às necessidades de uma reforma de política trabalhista agrícola. Enfatiza que a falta de inclusão da política trabalhista na reforma da política de crédito agrícola levará à perda de dinamismo da agricultura. Conclui que, em período
mais recente, houve um forte crescimento do endividamento de longo prazo, decorrente de empréstimos para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas. O endividamento atual se somou ao endividamento preexistente, e a agricultura tornou-se detentora de dívidas de longo prazo. Ao se
conjugar com o endividamento de longo prazo, a instabilidade de renda agrícola torna-se um problema muito grave por elevar a sua dotação de capital físico, dando maior importância relativa do custo fixo unitário no custo unitário total, reduzindo-se a elasticidade do preço de oferta agrícola agregada de curto prazo e dilatando-se o período de queda de preços agrícolas. A pressão dos compromissos financeiros de longo prazo forçam o agricultor a continuar produzindo, gerando o efeito de dilatar, no tempo, a duração de uma crise de demanda.
seus compromissos financeiros e pela pressão sobre o governo visando à renegociação das dívidas. Por meio da análise qualitativa e quantitativa, estudou-se a evolução do endividamento agrícola desde 1995 e as implicações da Constituição de 1988, ressaltando a responsabilidade da política
trabalhista agrícola pelas mazelas do sistema financeiro agrícola. Analisa também as implicações que a reforma da política de crédito agrícola deve gerar, simultaneamente, às necessidades de uma reforma de política trabalhista agrícola. Enfatiza que a falta de inclusão da política trabalhista na reforma da política de crédito agrícola levará à perda de dinamismo da agricultura. Conclui que, em período
mais recente, houve um forte crescimento do endividamento de longo prazo, decorrente de empréstimos para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas. O endividamento atual se somou ao endividamento preexistente, e a agricultura tornou-se detentora de dívidas de longo prazo. Ao se
conjugar com o endividamento de longo prazo, a instabilidade de renda agrícola torna-se um problema muito grave por elevar a sua dotação de capital físico, dando maior importância relativa do custo fixo unitário no custo unitário total, reduzindo-se a elasticidade do preço de oferta agrícola agregada de curto prazo e dilatando-se o período de queda de preços agrícolas. A pressão dos compromissos financeiros de longo prazo forçam o agricultor a continuar produzindo, gerando o efeito de dilatar, no tempo, a duração de uma crise de demanda.
Palavras-chave
Endividamento agrícola; Política de crédito agrícola; Política trabalhista; Brasil
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