Por uma agropecuária familiar resiliente e de baixa emissão de carbono
Resumo
O avanço dos efeitos das mudanças climáticas tem contribuído para intensificar o debate sobre o papel do setor agropecuário na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e as medidas adaptativas necessárias. O Brasil tem mobilizado esforços para responder a esse desafio, como o Plano ABC+. Apesar dos avanços, a agropecuária familiar, que representava 76,8% dos estabelecimentos agropecuários em 2017, tem sido marginalizada. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é refletir sobre o significado de uma agropecuária familiar de baixo carbono. Os resultados indicam que a agropecuária de baixa emissão de carbono deve ser entendida como aquela que incorpora na tomada de decisão e na gestão dos sistemas de produção critérios ecológicos, associados à mitigação, captura e estocagem de carbono e a adaptação às mudanças do clima, juntamente aos critérios agronômicos e econômicos. Para a agropecuária familiar de baixa emissão de carbono, este trabalho conclui que é preciso somente incluir os critérios definidores da agricultura familiar no Brasil, estabelecidos pela Lei nº 11.326/2006.
Palavras-chave
agricultura familiar; agroecologia; mudanças climáticas; Plano ABC
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