Rejeições europeias e reputação do agronegócio brasileiro

Michelle Márcia Viana Martins, Victoria Magalhães Monteiro

Resumo


Este estudo explorou as informações dispononibilizadas pela plataforma Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF), analisando as rejeições sistemáticas de produtos brasileiros e discutiu suas implicações comerciais e reputacionais para o Brasil. Entre 2001 e 2021, foram registradas 2.761 medidas relacionadas a produtos agroindustriais brasileiros, das quais 61,6% representam medidas de rejeição. Entre os produtos mais rejeitados pelo mercado europeu, ênfase é dada para “carne de aves” e “ervas e especiarias”. As causas mais recorrentes para as rejeições estão associadas a problemas microbiológicos, principalmente com relação à salmonela (68,9%) que ocorre em frango e pimenta do reino, e à aflatoxina (10,1%) presente em nozes e castanhas exportadas pelo Brasil. As ações observadas após as rejeições dos produtos incluíram a devolução da remessa, a detenção e a destruição dos itens, gerando perdas e custos adicionais aos fornecedores. Esses resultados ressaltam a necessidade de aprimorar a vigilância, a inspeção e o controle dos produtos nacionais exportados, com foco em prevenção e controle microbiológico. Essas iniciativas visam garantir a qualidade e a segurança dos produtos exportados e a proteção dos consumidores nacionais.

Palavras-chave


Exportações brasileiras; regulamentações; segurança alimentar; violações.

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