Safras permanentes nas mesorregiões agrícolas brasileiras
Resumo
A produção de alimentos continua sendo um dos maiores desafios para a humanidade no presente século. Nesse quesito, o Brasil está entre os maiores produtores de alimentos e é um dos poucos países com áreas de expansão agrícola viável técnica e economicamente. Nesses termos, conhecer que áreas constituem a fronteira agrícola brasileira é crucial para aprimorar ou ajustar as respectivas políticas públicas em nível de infraestrutura, oferta de crédito e treinamento dos agricultores e para balizar decisões de investimento privado. Aqui, empregaram-se dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1995 a 2020, para mapear as áreas de expansão agrícola para as safras permanentes brasileiras, no período citado, por mesorregião. Aplicou-se uma metodologia de três estágios para identificar mesorregiões similares em termos de tendência na participação da área para colheita (lavouras permanentes). Destacam-se as seguintes mesorregiões: Nordeste Paraense, Sul/Sudoeste de Minas, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Sudoeste Paraense, Bauru, Zona da Mata, Nordeste Rio-grandense, São Francisco Pernambucano e Norte de Minas. Outras áreas constituem um segundo grupamento significativo: Litoral Norte Espírito-Santense, Vale São Franciscano da Bahia, Norte Cearense, Noroeste Cearense, Leste Alagoano, Oeste de Minas e Sudeste Paranaense. Implicações de política são discutidas, bem como sugestões para continuidades da pesquisa, a exemplo de valorações top-down, por microrregião ou município, a partir das mesorregiões identificadas.
Palavras-chave
Área agrícola; Brasil; coeficiente de correlação de Spearman.
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