Competitividade da cadeia produtiva do azeite de oliva extravirgem brasileira

Lucas Teixeira Costa, Ângela Leal de Souza, Letícia de Oliveira, Alice Munz Fernandes, Luiz Clovis Belarmino

Resumo


A oliveira é uma das primeiras plantas cultivadas e está associada a milenares tradições, costumes e hábitos alimentares da bacia do Mediterrâneo. Recentemente, os benefícios à nutrição e à saúde têm incentivado o cultivo em diversos países. O Brasil é o segundo maior importador de azeite e azeitonas, com produção comercial inferior a 1% dos volumes consumidos. A substituição de importações sofre com a resistência dos desafios de inovação tecnológica e organizacional na cadeia produtiva. O objetivo deste estudo foi analisar aspectos econômicos da emergente indústria brasileira de azeite de oliva extravirgem, com ênfase na obtenção de informações sobre a eficiência produtiva de olivais e lagares, indicadores de vantagens comparativas e coeficientes de competitividade, além de gerar métricas sobre os efeitos de algumas políticas que distorcem os preços pagos e recebidos. Os resultados alcançados indicaram diversos aspectos úteis para a gestão empresarial, importantes para a governança do setor, e permitiram o acúmulo de informações essenciais ao desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias. Os preços observados nos elos da cadeia mostraram que a olivicultura brasileira é lucrativa e competitiva, mesmo com altos níveis de tributação e possíveis falhas de mercado. Os baixos níveis de produção nos olivais têm sido compensados pelos elevados preços obtidos no varejo, acima da média internacional. No entanto, à medida que os volumes e a concorrência aumentam, serão necessárias mais inovações para impulsionar a produtividade e medidas que visem à sustentabilidade.

Palavras-chave


Brasil; custos; eficiência; olivicultura; matriz de análise de política (MAP); rentabilidade

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