Arroz em sistemas sustentáveis sob pivô central

Adriano Pereira de Castro, Carlos Magri Ferreira, Rodrigo Sérgio e Silva

Resumo


Este trabalho discorre sobre questões que influenciam a expansão da produção de arroz em sistemas intensivos, com sucessão de culturas irrigadas por pivô central no Cerrado. Nas últimas décadas, o abastecimento nacional desse cereal foi garantido pela produção concentrada em um estado, enquanto o País é ao mesmo tempo importador e exportador. A melhoria do manejo do solo, o controle de pragas, a disponibilidade de biomassa ou palhada de alta qualidade, o uso eficiente de água, a emissão nula de metano e a produção de grão sem arsênio, decorrente do plantio de arroz irrigado por pivô central, e o recente aumento de preço do arroz, são indícios que podem alterar a sua matriz produtiva. Observa-se que a maior parte desses equipamentos de irrigação está onde a produção de arroz não é suficiente para abastecer a demanda local, o que limita o desenvolvimento das indústrias de beneficiamento que operam com ociosidade e adquirem a maior parte da matéria-prima no Sul do País. O sistema exibe tanto aspectos harmônicos quanto dissonantes de preceitos norteadores de sustentabilidade. Os custos de implantação, de manutenção do equipamento de irrigação e de produção são compensados pela produtividade, qualidade, em termos de massa dos grãos e rendimento de grãos inteiros, e pela redução do custo com o transporte da área de produção até a indústria. A principal conclusão é que o futuro do sistema depende da sua competitividade com o arroz do Sul do País, que, por sua vez, subordina-se à adoção de inovações reconizadas pela pesquisa e ao apoio e incentivo da indústria arrozeira aos produtores.

Palavras-chave


Arroz de terras altas; intensificação sustentável; matriz alternativa de produção; segurança alimentar.

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