Avaliação econômica do uso de agroquímicos em duas grandes lavouras brasileiras de grãos
Resumo
Esta pesquisa quantificou a importância econômica do controle de pragas e doenças para os produtores agrícolas no Brasil. As prováveis perdas econômicas sem a aplicação de agroquímicos para controlar as infestações observadas foram avaliadas por simulações baseadas em dados experimentais e modelos econômicos. Nas simulações, todas as práticas de manejo foram mantidas, exceto aquelas relacionadas ao uso do agroquímico em questão. Especificamente, os casos das safras de soja e milho em 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017 foram examinados com dados primários de 31 regiões representativas de produção em 14 estados brasileiros. A pergunta foi esta: como mudariam os custos, receitas e lucros dos produtores observados se o controle de uma praga ou doença observada fosse suprimido, considerando o provável aumento dos preços de mercado que a redução na oferta causaria? Os resultados indicam que a falta de controle de pragas e doenças pode causar perdas substanciais na lucratividade dos produtores. O não tratamento da ferrugem da soja em 2016/2017, por exemplo, resultaria em perda de lucratividade de mais de US$ 3,7 bilhões, já que o lucro agregado observado de US$ 2,63 bilhões se transformaria em uma perda de US$ 1,06 bilhão. A falta de controle da lagarta Spodoptera transformaria o lucro observado dos agricultores de soja de US$ 2,63 bilhões em uma perda de US$ 0,46 bilhão, totalizando assim uma perda de lucratividade de US$ 3,08 bilhões.
Palavras-chave
Controle químico; perdas econômicas; controle de pragas na produção de grãos.
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