Mercado de trabalho feminino no agronegócio paranaense

Debora Kassem Buturi, Marcos de Oliveira Garcias

Resumo


Esta pesquisa analisa o perfil das mulheres que atuam no agronegócio do Paraná, tendo como foco os aspectos socioeconômicos das trabalhadoras. Usa como principal base de dados a Pnad e, de forma complementar, a Cnae 2.0 e informações do Cepea e da Rais. Estimou-se que para 2015 o agronegócio paranaense respondeu por 23% do total de mulheres ocupadas no estado, em que o segmento primário emprega a maior parcela de trabalhadoras, com 41% do total. Destas, 53% são empregadas com carteira assinada e 16% atuam por conta própria. O segmento primário se destaca por agrupar a maior concentração de mulheres que trabalham para o consumo próprio e que não são remuneradas, além de se caracterizar pelo emprego de mulheres com a menor média de anos de estudo e de nível de instrução. O rendimento mensal médio auferido pelas trabalhadoras do agronegócio foi de R$ 1.648,00 para o ano analisado, sendo do segmento produtor de insumos as mais bem remuneradas. Quanto à posição no trabalho, as mais bem remuneradas são empregadoras, seguidas pelas que atuam por conta própria. Quanto ao nível de instrução, mulheres com formação superior recebem salário 226% maior do que o das que não possuem formação, 192% superior ao das que possuem formação fundamental e 136% superior ao das trabalhadoras de formação média.

Palavras-chave


Mulheres; Paraná; PNAD.

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