Índia: o despertar de um gigante do agronegócio

Mário Seixas, Elisio Contini, Cleber Oliveira Soares

Resumo


Com 1,31 bilhão de habitantes em 2015 e projeção de 1,69 bilhão em 2050, o grande desafio da Índia é a segurança alimentar, diante de seus limitados recursos naturais. A Índia é o principal produtor e consumidor mundial de pulses – grão-de-bico, ervilha, lentilha, feijão vermelho, feijão Urd e outras leguminosas de grãos secos típicas da região. A produção de pulses na Índia estagnou de 2004 a 2014, com produção anual de 19 milhões de toneladas e consumo de cerca de 22 milhões de toneladas. O país ocupa o segundo lugar na produção de arroz, trigo, cana-de-açúcar, amendoim, legumes, frutas e algodão. É também um dos principais produtores de especiarias, peixes, aves, gado e grãos. A produção de grãos alimentares cresceu significativamente nas últimas seis décadas: de cerca de 50 milhões de toneladas na década de 1950 para mais de 263 milhões de toneladas em 2013–2014, mais de 500%. Em relação às carnes, em 2015–2016 predominou o consumo de aves (46%), búfalo (23%), cabra (13%), suínos (5,5%) e gado (5%). Na última década, subsídios para fertilizantes, pesticidas, sementes, água, eletricidade e crédito e preços de suporte ao mercado desempenharam papel crucial no crescimento da produção agrícola de 4,6% ao ano. O crescimento da produção de alimentos, baseado no aumento da produtividade, será fundamental para prover sua sustentabilidade, manter preços internos estáveis, assegurar o sustento alimentar de sua crescente população, particularmente ao extrato mais pobre, dependente e subnutrido da população indiana, bem como gerar excedentes exportáveis. Grande população e recursos naturais escassos são fatores que favorecem oportunidades de exportação para países como o Brasil.

Palavras-chave


carnes; comércio internacional; grãos; pulses

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