Condicionantes da severidade do desemprego em áreas rurais do Brasil em 2005 e 2015
Resumo
Este trabalho investiga a severidade do desemprego observada em áreas rurais do Brasil.
Define-se severidade do desemprego como o estado em que o trabalhador está desempregado por mais de um ano, mas ainda busca emprego. São usados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e modelos de escolha discreta sob hipótese Probit. Além disso, de modo a observar cenários conjunturais distintos, foram feitas análises para 2005 e 2015 – ambientes distintos de atividade econômica. Os resultados mostram que os indivíduos em áreas rurais com maiores chances de permanecerem por mais de um ano desempregados são mulheres, os não negros, os não chefes de família, os menos escolarizados e os mais jovens. Em termos de efeitos marginais, o nível de instrução foi o fator mais importante na incidência da severidade do desemprego. Os resultados indicam também que indivíduos analfabetos possuem chance de cerca de 96% e 30% maior (para 2005 e 2015, respectivamente) de ingressarem nessa condição do que os com ensino superior completo ou em andamento – para indivíduos com ensino fundamental, os valores são 32% e 9%. Portanto, as evidências observadas neste estudo apontam para a importância de políticas de estímulo ao primeiro emprego para os mais jovens, de fomento à educação, especialmente para reduzir o analfabetismo, e de incentivo à participação feminina no mercado de trabalhado das áreas rurais.
Define-se severidade do desemprego como o estado em que o trabalhador está desempregado por mais de um ano, mas ainda busca emprego. São usados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e modelos de escolha discreta sob hipótese Probit. Além disso, de modo a observar cenários conjunturais distintos, foram feitas análises para 2005 e 2015 – ambientes distintos de atividade econômica. Os resultados mostram que os indivíduos em áreas rurais com maiores chances de permanecerem por mais de um ano desempregados são mulheres, os não negros, os não chefes de família, os menos escolarizados e os mais jovens. Em termos de efeitos marginais, o nível de instrução foi o fator mais importante na incidência da severidade do desemprego. Os resultados indicam também que indivíduos analfabetos possuem chance de cerca de 96% e 30% maior (para 2005 e 2015, respectivamente) de ingressarem nessa condição do que os com ensino superior completo ou em andamento – para indivíduos com ensino fundamental, os valores são 32% e 9%. Portanto, as evidências observadas neste estudo apontam para a importância de políticas de estímulo ao primeiro emprego para os mais jovens, de fomento à educação, especialmente para reduzir o analfabetismo, e de incentivo à participação feminina no mercado de trabalhado das áreas rurais.
Palavras-chave
desemprego severo; Probit; zona rural
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